No Brasil, apesar de ter havido avanços, o número de pessoas
habilitadas que querem apenas crianças brancas ainda é muito superior ao
daqueles com predileção exclusiva por outras raças. São 9.474 pessoas
que querem apenas brancos, contra 1.631 que aceitam apenas pardos e 574
que desejam adotar somente crianças negras.
Atualmente há 5.471 crianças e adolescentes inscritos no Cadastro
Nacional de Adoção (CNA). Desses, 1.787 são brancos, 1.035 são negros e
2.602 são pardos. Se por um lado ainda há discriminação no número de
crianças negras adotadas, o número de adoções no Brasil aumentou 30% em
um ano. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), só em 2012, 826
meninas e meninos inscritos no Cadastro Nacional foram adotados.
Hoje, 29.535 pessoas esperam em uma fila a chance de adotar uma
criança. As famílias que pretendem adotar devem participar de encontros e
palestras para se preparar. Em todo País, os grupos de apoio à adoção
ajudam muitos pais, principalmente aqueles que querem adotar crianças
com mais de 5 anos. Segundo o administrador do site Adoção Brasil,
Wagner Yamuto, os grupos de adoção têm um papel fundamental para ajudar
os pretendentes a definir o perfil da criança desejada.
Ele avalia que esse trabalho tem sido muito bem feito. “Os estudos
mostram que mais pessoas aceitam crianças negras, mas o percentual é
muito menor do que o esperado. Enquanto o percentual de pretendentes
define um perfil de criança, nos abrigos, o perfil é completamente o
contrário”, justifica. Yamuto afirma que o problema está ligado à falta
de informação e não ao preconceito dos pretendentes ou da sociedade como
é pregado por muitos especialistas.
http://www.adocaobrasil.com.br/
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