Segundo MP, maioria prefere criança recém-nascida, branca e saudável.
Atualmente, são 500 crianças precisando de lar para 3 mil candidatos.
Generosidade
Gustavo aguardou 15 anos para ter uma família, pois estava na fila de adoção com dois irmãos. “Eu pedi para falar com a juíza e abri mão de nós três irmos juntos, para facilitar a adoção deles e para que eles não sofressem o que sofri lá dentro”, contou.
Os dois irmãos menores encontraram um lar, mas Gustavo, acabou ficando para trás, até que a família de um dos irmãos descobriu o que ele havia feito.
“Quando soubemos da história, que o Gustavo abriu mão da adoção dele pelos dois irmãos, não não havia como perdê-lo”, disse Reginaldo dos Santos, pai dos meninos.
“O meu grande sonho era ser chamado de pai e foi a grande alegria da minha vida, o dia em que o Guilherme e o Gustavo me chamaram assim”, emociona-se.
Em Santa Catarina, atualmente, são 539 crianças e adolescentes na fila de espera, de acordo com o MP. Enquanto isso, 3,2 mil candidatos querem adotar um filho, o que chega a quase seis famílias para cada criança.
Restrições das famílias
Conforme o MP, menos de 40% dos candidatos aceitam crianças negras e menos de 1% está disposto a adotar um filho com algum tipo de deficiência mental.
“Isso é um problema seríssimo, porque muitas crianças ou adolescentes acabam ficando em instituições até os 18 anos de idade”, disse o promotor Marcelo Wegner.
Amor à primeira vista
Maria de Lourdes Apolinário estava planejando adotar uma criança, até que conheceu Josué. Portador de Síndrome e Down, ele morou a vida toda em uma casa-abrigo. Quando Josué e Lourdinha se conheceram em um jantar beneficente, ela não teve dúvidas.
“Era um desejo assim como outras mães também têm desejo de ter mais filhos. Acho que isso é independente de qualquer idade”, relatou.
“A gente fala que a gente quer encontrar famílias para as crianças, e não crianças para as famílias. Que essas crianças tenham um lar, que essas famílias também tenham seus filhos e todos possam ser felizes juntos”, espera a psicóloga da Vara da Infância Helena Eidt.
Josué tem dificuldades para falar, mas uma palavra ele aprendeu logo de cara: “A mãe!”, exclama o menino.
Confira a entrevista na íntegra no site do G1.
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