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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Restrições feitas por famílias dificultam adoção

Segundo MP, maioria prefere criança recém-nascida, branca e saudável.
Atualmente, são 500 crianças precisando de lar para 3 mil candidatos.

Generosidade

Gustavo aguardou 15 anos para ter uma família, pois estava na fila de adoção com dois irmãos. “Eu pedi para falar com a juíza e abri mão de nós três irmos juntos, para facilitar a adoção deles e para que eles não sofressem o que sofri lá dentro”, contou.

Os dois irmãos menores encontraram um lar, mas Gustavo, acabou ficando para trás, até que a família de um dos irmãos descobriu o que ele havia feito.

Família Santos adotou dois irmãos (Foto: Reprodução RBS TV)

“Quando soubemos da história, que o Gustavo abriu mão da adoção dele pelos dois irmãos, não não havia como perdê-lo”, disse Reginaldo dos Santos, pai dos meninos.

“O meu grande sonho era ser chamado de pai e foi a grande alegria da minha vida, o dia em que o Guilherme e o Gustavo me chamaram assim”, emociona-se.

Em Santa Catarina, atualmente, são 539 crianças e adolescentes na fila de espera, de acordo com o MP. Enquanto isso, 3,2 mil candidatos querem adotar um filho, o que chega a quase seis famílias para cada criança.

Restrições das famílias

Conforme o MP, menos de 40% dos candidatos aceitam crianças negras e menos de 1% está disposto a adotar um filho com algum tipo de deficiência mental.

“Isso é um problema seríssimo, porque muitas crianças ou adolescentes acabam ficando em instituições até os 18 anos de idade”, disse o promotor Marcelo Wegner.

Amor à primeira vista

Maria de Lourdes Apolinário estava planejando adotar uma criança, até que conheceu Josué. Portador de Síndrome e Down, ele morou a vida toda em uma casa-abrigo. Quando Josué e Lourdinha se conheceram em um jantar beneficente, ela não teve dúvidas.

Josué foi adotado por Maria de Lourdes (Foto: Reprodução RBS TV)

“Era um desejo assim como outras mães também têm desejo de ter mais filhos. Acho que isso é independente de qualquer idade”, relatou.

“A gente fala que a gente quer encontrar famílias para as crianças, e não crianças para as famílias. Que essas crianças tenham um lar, que essas famílias também tenham seus filhos e todos  possam ser felizes juntos”, espera a psicóloga da Vara da Infância Helena Eidt.

Josué tem dificuldades para falar, mas uma palavra ele aprendeu logo de cara: “A mãe!”, exclama o menino.

Confira a entrevista na íntegra no site do G1.

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